Programa do Governo Federal, RenovaBio é a causa do otimismo de quem trabalha no setor e desperta grandes expectativas na Fenasucro & Agrocana desse ano.
Está acontecendo em Sertãozinho-SP a Fenasucro & Agrocana, uma das maiores feiras exclusivamente voltadas ao setor sucroenergético no mundo. Na edição deste ano, o biodiesel está no centro das atenções, isso porque a regulamentação da Política Nacional de Biocombustíveis – a chamada RenovaBio – deve resultar em um grande aumento na produção de biocombustíveis no país. Para se ter uma ideia do impacto que essa nova política deve causar, a previsão é dobrar a produção de biocombustíveis até 2030. Isso naturalmente tem gerado uma expectativa muito grande em quem trabalha no setor e, consequentemente, nos organizadores do evento que esperam movimentar cerca de R$ 4 bilhões em negócios nessa 26ª edição – o que representa um crescimento de 7% em relação ao ano passado.
Quando a gente fala em dobrar a produção no Brasil, pensa em construir mais 290 usinas ou tornar mais eficientes as que já existem? Vamos montar mais termelétricas ou vamos fazer um retrofit [modernização] no que já existe? A Fenasucro oferece tecnologia para isso”, explica Paulo Montabone, gerente do evento.
Um dos principais pontos do RenovaBio é o aumento do percentual de biodiesel no diesel comum vendido ao consumidor. A nova política para biocombustíveis eleva para 10% esse percentual. Antes da mudança, aprovada em dezembro do ano passado, a regra previa um percentual de mistura de 8%. Inicialmente a mudança seria gradual, para 9% em 2018 e 10% apenas em 2019, mas foi antecipada e passou a valer já em março deste ano. Com isso, o Governo Federal espera reduzir consideravelmente as importações de óleo diesel do país.
Com a adoção do chamado B10, a expectativa é de que a demanda por biodiesel cresça em 1 bilhão de litros neste ano. A estimativa de consumo é de 5,3 bilhões de litros em 2018. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) “O Brasil substituirá mais 2% do consumo de diesel mineral por biodiesel, que é mais saudável e renovável, enquanto países europeus ameaçam paralisar a frota de carros a diesel para atingir metas de redução de poluição, por não disporem de maior oferta de biocombustíveis”. A associação ainda reforça que a autorização para a vigência do B10 está relacionada a “resultados bem-sucedidos de testes em motores”.
Além do biodiesel, outra consequência do RenovaBio que deve ocasionar a alta na produção é a valorização da biomassa – utilização do bagaço de cana-de-açúcar para gerar eletricidade. Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontam que a energia elétrica exportada e gerada a partir do bagaço da cana pode até “substituir” as hidrelétricas durante o período de estiagem, quando o nível dos reservatórios diminui.
“A busca por eficiência energética talvez seja a maior tendência macroeconômica que existe hoje. Muito mais do que criar ativos novos, a solução é otimizar o que já tem. É a força motriz da economia”, diz Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions, organizadora da Fenasucro.
Ainda segundo Almeida, a regulamentação da RenovaBio coloca a cadeia sucroenergética novamente como protagonista na economia nacional e garante mais previsibilidade nos investimentos, e é isso que sustenta todo o otimismo.
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