Diesel contaminado com óleo é um problema que pode ocorrer em motores equipados com o sistema de injeção HEUI. Veja a possível causa.
O sistema de injeção HEUI equipa máquinas Caterpillar como as motoniveladoras 12K, 120K e 140K. Nele, o sistema de injeção usa o óleo do motor para ativar a injeção.
Sendo assim, durante o processo, há uma possibilidade de que falhas levem o óleo do motor a se misturar com o diesel. Isso pode ferar sérios problemas na máquina.
Para entender melhor esta falha, vamos explicar em resumo como funciona o HEUI. Caso você queira ver com mais detalhes, já temos um outro artigo aqui no blog.
Como funciona o HEUI
O funcionamento do sistema de injeção eletrônica HEUI se divide em duas partes: sistema de combustível a baixa pressão e sistema de ativação da injeção.
Primeiramente, o sistema de combustível a baixa pressão tem como função fornecer o combustível utilizado na combustão para as unidades injetoras.
Por sua vez, o sistema de ativação da injeção tem como função, através da bomba de atuação, fornecer óleo para as unidades injetoras. A pressão deste óleo é a responsável direta pela ativação da injeção.
De modo geral, a ativação da injeção funciona a partir de uma bomba de atuação que é alimentada pelo óleo de lubrificação à uma pressão de aproximadamente 45psi. A bomba eleva essa pressão até a casa de mais ou menos 3700psi, de forma variável. Já as unidades injetoras, atuam conforme os dados coletados pelos sensores. Esses dados são levados ao módulo (ECM) que efetua o controle eletrônico, dosando, assim, o volume de combustível necessário.
Unidade injetora HEUI
A unidade injetora HEUI funciona por meio de um sistema eletro-hidráulico que utiliza o óleo do próprio motor para gerar a força necessária para a injeção de combustível. Tudo começa na pressurização do óleo lubrificante que ocorre na bomba de atuação. A bomba recebe o óleo de lubrificação a aproximadamente 45 psi e o eleva de forma variável até cerca de 3.700 psi. Em seguida, envia esse óleo em alta pressão para as unidades injetoras, onde ele atua como um “cilindro hidráulico” e movimenta o êmbolo interno.
Confira nesse outro artigo como a unidade injetora funciona em detalhes.
Em suma, quando o óleo pressurizado chega à unidade injetora, ele empurra o êmbolo e esse movimento é o responsável por injetar o diesel diretamente na câmara de combustão. Sem dúvida, é um processo rápido, preciso e muito eficiente, tudo coordenado pelo módulo de controle eletrônico. O ECM analisa dados de diversos sensores para definir exatamente quanto combustível deve ser injetado, em qual momento e com qual pressão de comando. Essa sincronia entre hidráulica e eletrônica é o que garante o desempenho característico dos motores equipados com HEUI.
Válvula de estanque
Entre as diversa peças que compõe a undiade injetora, uma se destaca: a válvula de estanque.
A válvula de estanque é uma peça essencial da unidade injetora HEUI, responsável por controlar a abertura do bico por meio de um acionamento eletro-hidráulico. É ela que garante o equilíbrio correto entre os sistemas de óleo lubrificante e a injeção do diesel, mantendo tudo funcionando dentro dos parâmetros ideais.
Válvula de estanque e diesel contaminado com óleo lubrificante
Quando essa válvula está desgastada ou é fabricada com materiais de baixa qualidade, um problema sério pode surgir: o óleo lubrificante acaba sendo contaminado pelo diesel. Essa mistura indesejada compromete o desempenho e pode provocar danos graves no motor, especialmente em motores C7 e C9, onde esse tipo de contaminação costuma ter como origem justamente essa peça.
Por isso, durante qualquer reparo na unidade injetora, a troca da válvula de estanque não é apenas recomendada — é obrigatória. Substituir essa peça sempre garante mais segurança, desempenho e longevidade para o sistema. E mais importante ainda: use somente válvulas de procedência confiável, como as da DISA, que oferecem a qualidade necessária para evitar dores de cabeça futuras.
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